domingo, 31 de outubro de 2010

"Novela é feita para vender sabonete", diz Gilberto Braga


Às vésperas de completar 65 anos --seu aniversário é amanhã-- Gilberto Braga se prepara para entrar, mais uma vez, em período quase monástico.
O autor de obras que se tornaram ícones da dramaturgia nacional, como o megassucesso "Vale Tudo" (1988) --que, reprisado pelo canal pago Viva, vem batendo recordes de audiência--, estreia nova trama em janeiro.

"Insensato Coração" vai substituir "Passione" na Globo, às 21h. Por enquanto, Braga consegue manter a rotina, com sessões de musculação e passeios de bicicleta pela zona sul carioca, onde mora, mas, em janeiro, entrará em isolamento total. "Não vivo, só trabalho."
Enquanto isso, ele revê trechos de "Vale Tudo", que paralisou o país há 22 anos em torno da pergunta: "Quem matou Odete Roitman?".
O sucesso da reapresentação não o surpreende. "É natural. A novela é boa", diz. O fato de ser a maior audiência da TV paga no momento, sim. "Há excelentes programas na TV paga e, afinal de contas, é uma reprise."
O escritor não gosta de falar sobre temas políticos. "O fato de meu trabalho me dar tanta visibilidade não faz com que minha opinião tenha relevância. Sou um escritor de ficção", afirma.
Mas dá sua avaliação sobre o Brasil. "Acho tudo caótico. Desde que nasci, só não senti isso no governo Juscelino [Kubitschek, presidente entre 1956 e 1961]. O país é realmente complicado."

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